Sinópse
Shakespeare criou o mundo em seis dias e ao sétimo não descansou. Nem no dia seguinte, nem nunca. Shakespeare é infindável. Se os atores deixassem de usar a voz ou as palavras perdessem a sua música, surgiriam logo outras línguas e formas de o representar. O encenador Marco Paiva propõe-nos uma delas: um Ricardo III em Língua Gestual Portuguesa e Espanhola, com um elenco formado por intérpretes dos dois países e legendado em português. Imagine-se a trágica ascensão ao trono do Duque de Gloucester, com o seu sinistro rasto de sangue, ódio e intriga, sem palavras e diálogos de viva voz, mas com toda a força e beleza dos gestos. Um Ricardo III tão político como poético, tão misterioso como intensamente visual. A história do rei “maldito” é a mesma, mas o que não se diz com a voz diz-se com o corpo todo.
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