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Frágua de Amor

António Augusto Barros

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Drama
Maiores de 14
75 minutos

Sinopse

Em Tordesilhas assina-se um contrato de casamento entre D. João III e D. Catarina, irmã de Carlos V, de Espanha. Para comemorar a união, é encomendado teatro a Gil Vicente. Apresenta em Évora a "Tragicomédia da Frágua de Amor", festa sobre amor e mudança. Peregrinos e romeiros ouvem falar da fama dos reis e de como o amor os juntou. Cupido fugira da mãe Vénus para ajudar D. João III a conquistar o castelo maravilhoso, metáfora de Catarina. Vénus, deusa da música, com lágrimas transformadas em canções, procura o filho. Este inventou uma forja especial (a tal frágua) que prepara Portugal para um novo tempo. É uma máquina movida com a música dos planetas e dos gozos de amor, que transforma quem quiser em algo melhor. Refundir a portuguesa gente, diz-se. Vários se apresentam para a refundição: escravos negros, parvos, pagens, frades. Até a justiça quer ser reformada na frágua. Gil Vicente, pelo teatro, mostra como a justiça tem de ser reformada "para o resto não se perder”. Em 1524, talvez tenha entrado Gil Vicente e um grupo experimentado de companheiros. Aqui, em 2024, uma nova companhia se juntou, entre os atores d'A Escola da Noite e os músicos d'O Bando de Surunyo, para a festa que tudo transforma em nome do amor. Desafiados em Coimbra pelo Teatro Académico de Gil Vicente, A Escola da Noite e o Bando Surunyo juntam-se para levar à cena Frágua de Amor, peça escrita em 1524, para celebrar o casamento de D. João III com D. Catarina. A espetacularidade para a festa imaginada pelo autor (visível na cenografia e nas músicas que propõe) não amacia os olhos críticos de sempre: a igreja, através da prática clerical afastada dos princípios espirituais, a justiça corrupta, a fidalguia improdutiva aspirando a regalias. A frágua (forja) serve afinal para “fazermos refundição / nesta portuguesa gente”.

Ficha Técnica

Encenação
António Augusto Barros
Texto
Gil Vicente

Informação Técnica

Tradução dos versos em castelhano José Bento Direção musical Hugo Sanches Interpretação Ana Teresa Santos, Carlos Meireles, Igor Lebreaud, Maria Quintelas, Miguel Magalhães, Mónica Camaño, Nuno Meireles, Ricardo Kalash, Sérgio Ramos Música Eunice Aguiar (soprano), Irene Brigitte (soprano), Patrícia Silveira (alto), Carlos Meireles (tenor), Sérgio Ramos (baixo), Hugo Sanches (alaúde e guitarra), Xurxo Varela (viola da gamba), Carlos Sánchez (corneta e flauta) e Rita Rodríguez (flauta) Cenografia João Mendes Ribeiro, Luisa Bebiano Figurinos e adereços Ana Rosa Assunção Desenho de luz Danilo Pinto Assistência de encenação Ana Teresa Santos, Igor Lebreaud, Miguel Magalhães Assistência de direção musical Carlos Meireles Assistência dramatúrgica Nuno Meireles Coprodução A Escola da Noite , O Bando de Surunyo, Artway, Centro Dramático de Évora, Centro Dramático Galego, Teatro Académico de Gil Vicente, Teatro Nacional São João no âmbito da Rede de Teatros e Cine-Teatros Portugueses Parceria LIPA - Laboratório de Investigação e Práticas Artísticas da Universidade de Coimbra A Escola da Noite e a Artway são estruturas financiadas pela Direcção-Geral das Artes do Ministério da Cultura. A Escola da Noite conta com o apoio do Município de Coimbra