EVA PERÓN, de Copi

Copi, autor argentino de teatro absurdo, conta-nos uma trama baseada num mito e na importância do mito: EVA PERÓN, ou EVITA, está a morrer de cancro. Reuniu ao seu redor A Mãe, PERÓN, o seu esposo, A Enfermeira, FANNY, e suas amigas, e IBIZA, o condutor de todo este jogo teatral. EVITA luta contra a morte. Ela é odiosa, o seu sofrimento é audível sem que ninguém parece prestar atenção a isso. PERÓN está enclausurado nas suas enxaquecas. A Mãe está constantemente a pedir a chave de um cofre na Suiça, e A Enfermeira limita-se a trabalhar. Sozinho, IBIZA atua como confidente. Através da morte de um ícone, Copi questiona-nos sobre a opressão de poder e a busca pela imortalidade. Encenar este texto em 2025, é um marco importante porque é levá-lo a palco, 50 anos depois de o mesmo ter sido proibido em Portugal. Esta encenação do TEC toma como ponto de partida a proposta de COPI de assumir o travestismo, usando como base a estética camp. Todos os elementos se unem para que esta seja uma criação com uma forte e distinta proposta visual e musical.