Elisa de Beethoven

O apresentador tem um telemóvel. O tom de discagem cessa quando prime os nove dígitos que já sabe de cor. Prende-se o público na constatação de que as chamadas tinham sido silenciadas no início do espetáculo, no entanto, há regras que precisam de ser quebradas, sobretudo quando se trata de enaltecer mulheres formidáveis que viviam numa simbiose à moda da “Elisa de Beethoven”. Quem? É necessário preparar a plateia para a derradeira procura. Quem é essa figura que preencherá o coração de todas as pessoas presentes? A resposta poderá estar pendente no tapete de Arraiolos que adorna o cenário. Um bordado que denuncia centenas de histórias de mães e de mulheres corajosas que teciam sonhos para outrem. Silêncio! Uma voz única irá atender a chamada. Do outro lado da linha é possível ouvir exatamente aquilo que é crucial saber. Bem-vindos, bem-vindas, bem-vindes à “Elisa de Beethoven”.