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Dois Dias Antes À Manhã Febril

Guilherme Cardoso Lopes

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Drama
Maiores de 3
80 minutos

Sinopse

Hoje é outono. Os pássaros morrem entre as folhas adormecidas. Os cadaverzinhos caídos deixam-se atropelados pelas marés em gente, deitados ao lixo-chão sujo que o vento empurra até além. Mais ou menos ali, onde ainda se vê o sôfrego anseio dos pequenos esvoaçantes pelo redondo cair da janela-céu — queda desamparada das nuvens preto e branco. Ah! O sol! Tento em branco alcançar o sol, como ave, como águia, Mas de corvo terei a sorte de só no escuro me vestir do avesso. O frio de tantas madrugadas que entorpece lentamente a pele com os pequenos abraços do vento; É a agonia que desce de rompante, mas que deixa o perímetro percorrido maior à ânsia do inacabado. O declínio é a própria queda da ruína para o sufoco da pressa estendida. Fortinbrás em mãos de portento. A decadência da agitação mais que precoce. Da azáfama à hesitação, Da oscilação à dúvida da demora numa irresolução insegura da indecisão. Fortinbrás no Castelo Zorto, Fortinbrás em enigma claro de chaves, Fortinbrás em mãos de portento.

Ficha Técnica

Encenação
Guilherme Cardoso Lopes
Texto
Guilherme Cardoso Lopes
Companhia
Teatro A Barraca

Informação Técnica

Composição e Direção Musical: Salvador Bastos Pinto Cenografia: Luís de Monteiro Costa Desenho do Cartaz: Maria Gorgel Figurinos e Adereços: Luís Monteiro Costa Desenho de Luz: Vasco Letria Operação de Luz: João Pecegueiro Fotógrafo: Paulo Miranda Produção: Joana Bravo Belchior Com: Bruna de Sousa Gomes, Ester de Sena Santos, Guilherme Borges, Inês Oliveira, Lucas Mandillo, Luís de Monteiro Costa, Luísa Piano, Mariana Berto, Maria Gorgel e Xandy Fonseca.